


Cresci e cada vez me dediquei mais á senhora mãe, porque foi ela que passou a tratar de mim a tempo inteiro. Todos os dias me levava imensas vezes á rua, porque eu era muito asseadinha.Dava-me banhinhos muito gostosos com água quentinha e eu ficava muito cheirosinha,cortava-me as unhas que eu não gostava nada brrrr........e ela passou a ser o meu idolo. Seguia-a para todo o lado da sala para o quarto, do quarto para casa de banho ...ás vezes até me ralhava porque eu lhe passava rasteiras. Trocavamos caricias e mimos mutuamente.Ela fazia muitas festinhas e dava muito colinho, e eu compensava com muitas lambidelas nas mãos que eram os meus beijinhos a retribuir.

E a minha vida continuou sempre repleta de carinho,mas eu tambem compensei com muitas manifestações de alegria e de lealdade.Os meus donos não iam nem fins de semana nem férias que não me levassem,tinha uma caminha tão fofinha e quantas noites a minha dona se levantava da cama, para me aconchegar os cobertores se fazia frio.De manhã era eu que acordava a minha dona empoleirada na cama com a pata puxava-lhe a mão e gania baixinho para ela acordar.
Só não gostava nada que ela fosse para o computador e passava horas sem se lembrar de mim mas eu com o focinho dava sinal da minha presença ou então com os ladrares suaves.

Fiquei com o focinho quase todo branco o meu pelo passou a ser mesclado de castanho e branco ,as riscas quase desapareceram.Estava muito magra porque não assimilava os nutrientes .Já não sustia os meus xixis e passei a usar fralda ,mas apesar destas minhas fragilidades os meus donos continuavam a fazer de tudo para que eu me sentisse o mais confortavel, e nunca deixaram de me acarinhar.
Deixei de comer de beber perdi as forças e a minha dona não saiu junto de mim nem um minuto. Mas chegou o dia que recebeu a noticia tão dolorosa de ter de acabar com o meu sofrimento.
Foi com o focinho entre as mãos da minha dona que serenamente adormeci a olhar para ela, e nos meus olhos, tenho a certeza que ela confirmou toda a minha gratidão por estes dezasseis anos que fui tão feliz junto dos meus donos e lhes retribui com toda a lealdade fui companheira fiel, e os amei incondicionalmente.


Esta história faz parte da minha vida e toca-me profundamente.Fez um mês que perdi esta grande companheira, foi um membro desta familia deu-nos muitas alegrias todo o esforço investido nela teve o seu retorno.Foi tanto o que nos deu ....... que eu é que tenho a agradecer.
Aproveito para fazer um apelo. Pensem bem antes de adquirirem um animal passam a ter uma grande responsabilidade entre mãos, tratem-no como membro da familia ou se não........! é preferivel desistir.
Fez-me bem partilhar esta história convosco,desculpem se me alonguei.
Beijinhos
Ana
5 comentários:
Ai amigas
Está o baile armado como se dizia na minha terra, ou por outras palavras começou a choradeira!!! pronto, falam-nos ao coração e lá estamos nós. Mas também a história está tão bem contada...
Ainda bem que que aquele rapazito de 15 anos, em boa hora, resolveu levar a Chica para casa. Se todos os meninos tivessem atitudes destas e mães como ele, os nossos animais teriam aquilo que todos merecem: CARINHO e muito AMOR. Eles afinal retribuem, como muito bem a Ana disse em dobro toda a atenção que lhes dedicamos
Ainda bem que deitaste cá para fora esta linda história de amor
Certamente ficaste mais aliviada e nós a conhecer melhor esse coração tão lindo. Ainda bem que não te perdi de vista ao longo destes anos todos.
Tenho orgulho em ser tua amiga
Biba
Esta é uma história verdadeira de um animal muito amado pelos donos.
Não tenho essa experiência mas é fácil de compreender o amor que se pode têr pelos animais e a tristeza de os perder.
Beijinhos Paulinha
Ai Ana, minha amiga, tal como disse lá atrás a Biba que está o baile armado, eu digo como costumo dizer:rebentei o dique...
Ana que linda e comovente partilha que nos deixou. Quando criamos um bichinho, seja ele qual for, quando parte fica um vazio igual à perda dum familiar e só quem nunca passou por isso poderá achar um exagero.
É um luto que custa muito porque a casa fica vazia.
E como deve ser dificil ter que tomr essa ultima decisão...
Um beijinho muito grande para todas e um muito especial para si.
Dulce
De coração agradeço as vossas palavras, e podem crer que foi das piores decisões que tive de tomar,mas fica a recordação de momentos muito felizes que passei com ela.
Mas cá continuo com o meu rouxinol o meu piriquito e o meu peixinho Pipoca,esta minha casa não pode passar sem ter uns seres vivos para alegrar o silencio que os filhos deixaram.
Beijinhos de ternura
Ana
Que linda e comovente a história da Chiquinha: não me contive e "desabei": até me fez bem e penso que a si, Ana, a deve ter aliviado bastante. Fez muito bem em narrar (e de que maneira fantástica), a história de vida da sua cadelita convosco: foi linda! Só quem tem ou teve sempre animais, compreende o muito que eles nos dão e o vazio que nos deixam quando têm que partir.
Um grande beijinho Ana.
Isa
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