Traz a balada de Outono
Que muda na folha as cores
Seduz e despe as flores
Num sestro de abandono...
Em toada persistente
As folhas, essas coitadas
Vão caindo lentamente
Das árvores amarguradas
Ao ficarem desnudadas
De cada folha cadente...
Será que uma folha sente
Na despedida a tristeza?...
Como dom da Natureza!...
E que em secreta amargura
Sofre, mas nunca se queixa
Como alguém que a Pátria deixa
Por destino ou desventura?!...
E em cada folha caída
Resta uma angústia profunda
Num frágil sopro de vida
A sussurrar moribunda:
Não fez sentido viver
Esta tão curta existência...
Outono... sem demência
Tão cedo me fez morrer!...
Euclides Cavaco
3 comentários:
Obrigado pelo poema ....é verdade chegou o Outono é uma estação que não aprecio muito...mas faz parte da vida e só temos que vivê-la.
Bjs Paulinha
Olá minhas amigas. Que lindo poema sobre o Outono. Algo nostálgico como o tempo outonal mas simplesmente lindo.
Um beijinho do coração para todas.
gostei do poema, tanto que fui pesquisar sobre o autor na net
Uma visita ao site "ecos de poesia" compensa
um beijo e obrigado
Biba
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