Meninos da RuaMeninos que têm o Mundo no olhar,
sonhos adormecidos sob a luz do luar,
lençóis feitos de chuva, de frio e de vento,
cobertores tecidos com mágoa e sofrimento.
Meninos que têm a cidade na sola do pé,
coração perdido que não sabe quem é,
conta corrente feita na palma da mão,
conta poupança para água e para pão.
Meninos adultos que não foram crianças,
desgostos que nunca foram esperanças,
desilusões de uma vida sem sentido,
meninos de rua neste Mundo perdido.
Meninos que têm nos olhos a mágoa,
tristeza em forma de leves gotas de água,
sonhos que adormecem à luz da lua,
rostos esquecidos dos meninos da rua.
Meninos sozinhos que são filhos do vento,
carinhos que nunca tiveram um momento,
meninos que fizeram da dor a sua mãe,
meninos que só têm a rua e mais ninguém.
Hisalena
Sem mais palavras,e que a humanidade ponha os olhos nestes meninos.
Ana
3 comentários:
É um dever de todos nós olharmos pelas crianças, infelizmente por vezes tal não acontece. Prova que o que a humanidade faz por eles não chega. Sem mais palavras, deixo
um beijo do coração.
Gostei muito do poema, mas é uma cruel realidade que dói profundamente nos seres que querem com força ajudar mas não conseguem por algum motivo.
Beijinhos.Zézinha Coelho.
olá amigas,
quando postei este poema,que é a realidade dos nossos tempos,foi com amargura por sózinha não poder ajudar, mas fica como um alerta a quem tem o poder de o fazer e nada faz.
Obrigada por partilharem comigo do mesmo sentimento.
Um beijo Ana
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