Mesmo sem ter pé de meia
Mesmo quem passou à história
Há casórios de mão cheia
Na Igreja da Memória!
Aqui estou aceitando o desafio da Paulinha e deixar uma quadra da marcha do ano passado do Bairro da Ajuda.
Embora não tendo nascido em Lisboa, foi cá que cresci e sempre vivi.
Foi ali por perto que eu , a Ana e mais algumas crianças faziamos o trono do Santo António na rua e pediamos um tostão a quem passava. Com esse dinheiro compravamos papeis coloridos que recortavamos e colavamos com água e farinha (uma espécie de cola)e depois eram pendurados nuns fios a enfeitar o páteo onde moravamos. Á noite então era o máximo com o saltar á fogueira e o bailarico.
Que bom recordar... Obrigado Paulinha por mais este momento que me proporcionou
Não sei se conhecem a história da Igreja da Memória, fica situada na Calçada do Galvão.
Aqui vos deixo um breve apontamento:
A sua construção teve início em 1760, em memória da tentativa de assassinato do rei D. José pela família Távora (a 3 de Setembro de 1758), provindo daí o seu nome. D. José retornava de um encontro com uma senhora da família Távora, sendo a sua carruagem atacada, e o Rei ferido com uma bala no braço. O Marquês de Pombal, que já tinha então problemas com a família, e gozava de poder absoluto, não perdeu a oportunidade para se vingar, acusando-os de conspiração contra a família real, tendo em 1759 sido a família executada. No Beco do Chão Salgado, na Rua de Belém, ainda hoje se encontra um pilar de homenagem à família
BIBA
5 comentários:
Fico satisfeita porque lhe recordei os tempos dos Santoa Populares. As marchas na Avenida é como a Biba diz ...só se fôr familiar ou amiga da 1ª Dama, eu costumava ir vêr no Pavilhão Carlos Lopes . A Igreja a que se refere não a conheço , mas é um sitio que fica para uma breve visita, já a fui vêr na net e é bem bonita.
Bjs Paulinha
Que saudades de saltar à fogueira. Foi un hábito que acho que se perdeu. Sabem que quando era miuda, depois de saltar-mos à fogueira íamos os meus irmãos, irmãs, eu e uma catrefa de miudos, alguns já nem tanto, apanhar pirilampos (não eram os mágicos, não) eram bem reais e vivinhos da Silva. Punha-mo-los dentro duma caixinha no trono de Santo António, na rua claro, para alumiar o Santinho. No dia seguinte de manhã já lá não estava nenhum claro.
Bons tempos. Fiquemos com as boas lembranças.
Bjs Isa
Falei das fogueiras, do Santo António, dos pirilampos, e então a Igreja da Memória!? Conheço-a e acho-a muito bonita. Estive lá há 4 anos a assistir a um casamento (que por sinal já se desfez) deve ter sido mais uma "vingancinha" do D. José por os Távoras lhe terem dado cabo do "arranjinho", o que lhes saiu bem caro!!!
Desconhecia a história da Igreja.
Obrigada Biba por no-la ter dado a conhecer.
Bjs Isa
Parece impossivel mas desconhecia a história da igreja onde fui baptizada,e onde tantos domingos fui á missa.È verdade que é muito bonita ainda me lembro que o sitio que eu gostava de ficar era no varadim dourado.
Lá iamos pela calçada do Galvão com uns grandes laçarotes na cabeça muito bem vestidinhas porque era domingo e vestiamos os saiotes engomados que a minha mãe fazia com goma e agua,para sobressair o vestido de roda.
Não posso falar nestas coisas que me dá para o sentimento.
Beijinhos Ana
Só mais uma chega sobre a Igreja da Memória
Em 22 de Abril de 1985, o zimbório da Igreja foi atingido por um raio que destruiu completamente o lanternim e abriu numerosas fendas na cúpula, a recuperação seguiu a traça original, tendo mesmo vindo a ganhar um diploma de mérito por parte da Europa Nostra.
No interior da Igreja resalta ainda a urna contendo os restos mortais do Marquês de Pombal, que foi ministro de D. José e sobre o qual exerceu grande influência.
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