quarta-feira, 15 de julho de 2009

Solidão, Saudade, o que quizerem, anda por aí.

Não seria suposto em véspera de férias sentir-me uma "Florbela Espanca" mas a solidão é como "aquela coisa que não tem dia nem hora" e de repente aparece. Nessas alturas não sei exprimir por palavras o que sinto e encontro sempre conforto nos poemas dela.
Escolhi este que quero compartilhar com vocês
Biba (de lenço na mão)

Noite de saudade

A noite vem pousando devagar
Sobre a terra que inunda de amargura...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura...

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu ouço a noite a soluçar!
E eu ouço soluçar a noite escura!

Por que é assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu nem sei donde me vem...
Talvez de ti, ó noite!... Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!

Florbela Espanca

1 comentário:

  1. Então oh Biba de lenço na mão!...
    já percebi que esse animo está muito por baixo não gosto de te ver assim....mas compreedo tambem me acontece. Pensa que hoje ele é a criatura mais feliz por teres realizado o sonho que os dois tanto queriam.Está tão contente por seres a reporter desse sonho com fotos maravilhosas.Acompanhou-te sempre todos os passos que deste
    protegendo-te de qualquer perigo que pudesse acontecer e por isso Deus quis que chegasses sã e salva para agora mostrares aos amigos as coisas bonitas que desfrutaste.
    Se Florbela Espanca é o teu refugio e o teu conforto partilha connosco esses poemas maravilhosos que tanto te acalma e que a nós nos dá tanto prazer ler porque são mesmo lindos.
    Um beijo e fico á espera do teu sorriso
    Ana

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